Bateu saudade. É da minha infância, aliás, bela infância. Ta, minha bela e bagunçada
infância. Às vezes acho que quando era pequena, tinha uma imã entre meu corpo e
o chão, porque ficar em pé bonitinha era tão difícil, eu pulava nas coisas e
caia, eu subia nos bancos e caia, eu andava e cai.
O engraçado é que quando olho agora pra cicatrizes que tenho dessas minhas caídas eu dou risada, porque é gostoso lembrar dessa minha fase.
Eu era uma garotinha, vamos dizer que sapeca, até pra nascer dei
trabalho, dizem que meu choro foi completamente alto, minha mãe tinha duvida entre dois nomes para mim e disse para o médico escolher e depois desse escândalo meu, adivinha? O medico achou
melhor deixar esse nome do que o outro, afinal, o outro era muito delicado para
alguém como eu.
Sabe aquela coisa de "passei na fila não sei do que antes de
nascer"? Então eu passei umas 15 vezes na fila de arteira, porque olha.
Sempre se esquecia de ouvir minha mãe dizendo: "Filha vai cair sai dai", e
como sempre diz, "boca de mãe é santa", eu caia. E lá ia eu e meus
pais no medico, fiquei amiga deles, porque era tão frequente minha visita no
hospital.
Mas vem cá, me diz que criança nunca aprontou, afinal, ser criança é
isso, é brincar, é sorrir, é pular de muro, arvores, é tacar bolinhas de papel
na sala, se sujar, aprender coisas novas todos os dias, é ser criança, e graças a Deus eu aproveitei tudo isso, quero mesmo
que meus filhos aproveitem também, porque a infância é sim a melhor fase da
vida.
Acho que a coisa mais importante que aprendi com isso tudo foi que eu
curti como se não houvesse amanha, eu era tão feliz, e não sabia, por isso eu
digo, tem que aproveitar qualquer fase da sua vida, antes que ela mude novamente.
ps: Esse texto foi inspirado e adaptado no que a blogueiras Evelyn Matos do blog Moda Caseira me envio, para a categoria Entre Blogueiras, obrigada querida.